sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Jogue fora o pão bolorento

Em seu livro Venha Partilhar o Ser, já esgotado, Bob Benson relata uma ilustração do que significa participar com Deus, que sempre guardarei comigo.

Você se lembra dos velhos piqueniques da escola dominical? Foi antes do ar condicionado. Eles diziam: “Nós nos encontraremos na Pousada do Sicômoro, no Parque Shelby, sábado às 16h30. Você traz a comida e nós forneceremos o chá”.

Mas você chegou em casa no último minuto e quando foi procurar a comida, tudo que achou na geladeira foi um pedaço de salame velho e um resto de mostarda no fundo do frasco que, no esforço de tirá-la, sujou todos os seus dedos. Havia só dois pedaços de pão seco. Assim você fez o seu sanduíche de salame e o embrulhou num saco de papel e foi ao piquenique.

Quando chegou a hora de comer, você se dirigiu à ponta de uma mesa e se assentou. Mas a senhora perto de você era uma boa cozinheira que tinha trabalhado o dia todo e trazido galinha frita, feijão, salada de batata, pão caseiro, rodelas de tomate, picles, azeitonas, aipo e para sobremesa duas tortas grandes de chocolate.

O pessoal espalhou tudo ao seu lado, e ali estava você com seu sanduíche de salame.

Eles dizem:

- Por que não ajuntamos tudo?

- Não, eu não posso, não posso nem pensar nisso – você responde.

- Oh, deixe disso, há muita galinha frita, muita torta e muito de tudo; e nós adoramos sanduíche de salame. Vamos ajuntar tudo.

Daí você concordou e estava sentado ali – comendo como um rei, mesmo tendo chegado como um mendigo.

E eu fico a pensar - eu, partilhando com Deus. Quando eu me lembro de quão pouco eu estou trazendo e do muito mais que Ele traz e ainda me convida a “partilhar”, sei que eu deveria estar gritando a todo o mundo, mas estou tão atemorizado e maravilhado que nem consigo me fazer ouvido.

Sei que você não tem suficiente fé e amor ou graça ou misericórdia ou sabedoria – você simplesmente não tem nada disso. Mas Ele tem – Ele tem todas essas coisas em abundância e diz: “Vamos ajuntar tudo”.

Consagração, abnegação, sacrifício, compromisso, cruzes – estas eram palavras duras e cruéis, até que as vi à luz do “participar” ou “partilhar”. Não se trata de apenas entregar a minha cota porque Deus é o maior menino da vizinhança e quer tomar tudo para Si. Ele está falando comigo e está me dizendo: “Tudo que Eu tenho está à tua disposição. Tudo que Eu sou e posso ser para alguém, serei para você”.

Quando penso nisso, não posso senão rir ao ver alguém correndo pela vida, carregando um saco sujo e dentro dele um sanduíche de pão bolorento, dizendo: “Deus não vai levar meu sanduíche! Não senhor, isto é meu!” Você já viu alguém tão necessitado, morrendo de fome e se agarrando a esta vida? Não é Ele que precisa do seu sanduíche – de fato, é você que precisa da refeição dEle.*

* Se meu povo orar, Randy Maxwell.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aquela "história" antiga e valiosa... Vale a pena ler de novo!

Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo. Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas. Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos outros como era o elefante, então, o que tinha apalpado a barriga, disse que o elefante era como uma enorme panela. O que tinha apalpado a cauda até os pelos da extremidade discordou e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura. "Nada disso ", interrompeu o que tinha apalpado a orelha. "Se alguma coisa se parece é com um grande leque aberto". O que apalpara a tromba deu uma risada e interferiu: "Vocês estão por fora. O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira de água...". "Essa não", replicou o que apalpara a perna, "ele é redondo como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de flexibilidade, é rígido como um poste...". Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados, e que o certo era o que ele dizia. Evidentemente cada um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam. O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que se calassem. "O elefante é tudo isso que vocês falaram.", explicou. "Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante. Não devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as experiência de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante."