terça-feira, 14 de junho de 2011

Querido Diário,

Ele disse: Quero voltar com você.
Eu disse: Estou gostando de outro.
Ele disse: E esse outro gosta de você?
Eu disse: Não sei.
Ele disse: Vamos fazer o seguinte: descubra se ele gosta de você... Se não, volte pra mim.
Ele chama isso de Psicologia do Amor. rs

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tudo passa...

Estava fazendo faxina lá em casa e precisava me desfazer de algumas caixas que entulhavam minha sala. Uma delas estava cheia de cartas que passei a colecionar em 2005. Como eu costumava mandar muitas cartas, eu recebia muitas também. Tinha mais de 300 cartas naquele caixote. Decidi me desfazer. Há muito tempo venho tentando tomar essa decisão e consegui no domingo passado. Joguei fora a caixa. Só que no meio da semana, continuando a arrumação, encontrei uma maleta e quando abri, advinha? Mais cartas. Essas, eu decidi ler uma por uma antes de jogar fora. Algumas me emocionaram muito. Algumas falam mais de mim do que do autor. Essa aí embaixo, por exemplo, me fala que sou igualzinha hoje como fui há cerca de quatro anos atrás. E até me ajuda a provar a um de meus pretendentes (ex-namorado) como sou uma menina complicada de lidar. Ele não acredita em mim. Eu me prefiro como amiga do que como namorada. Não namorei o carinha da carta aí embaixo. Ele quis muito, mas meus problemas foram maiores do que o seu amor e a sua paciência.
A questão toda é que não consigo me apaixonar, amar, me entregar a um relacionamento de coração aberto. E passo a ser outra pessoa se alguém deseja isso de mim – uma pessoa cabeçuda (rs). Na minha cabeça, fui feita pra ser amiga, muito mais que namorada (rs).
Estou gostando de um rapaz, talvez ele nunca descubra isso. Talvez ele leia isso e pense que eu estou falando de outra pessoa. Às vezes, na minha ilusão de menina, penso que com ele eu daria certo. Mas, isso logo passa. Tudo passa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Salvador, 23 de junho de 2007

Cara Senhorita Laíne

Perdoe-me a audácia em dirigir-lhe esta, mas não vejo outro meio imediato de comunicar-lhe um terno sentimento que me avassala o coração, o qual, anteriormente, entretanto, tentei expressar por insinuações, olhares e minha própria atitude, mais eloquente que palavras. Entretanto, a prezada Senhorita, se percebeu, não o manifestou, ou talvez não me haja dado atenção devida.
Pode parecer-lhe estranho que, estando em seu convívio quase diariamente, não lhe tenha eu expresso em palavras diretas e firmes o que sinto a seu respeito. Mas é que, ou por timidez ou respeito, ou algo inexplicável, a própria comoção, que me embargue acaso a voz, não consigo fazê-lo senão por estas linhas.
Provavelmente o receio de parecer-lhe ridículo ou de que não me aceite, pelo menos de pronto, ou até me repila, todos estes obstáculos vêm travando-me a palavra.
Mas, verdade seja dita, desde que a reencontrei, há muitas semanas, sua simpatia, sua beleza e uma afinidade incoercível, irresistível, me tem escravizado a sua pessoa, por assim dizer, sem que eu consiga dominar meus sentimentos. A princípio pensei que fosse simples atração ou admiração por suas virtudes, ou irresponsabilidade minha de rapaz. Mas, hoje, não tenho mais dúvidas, é amor, sincero, puro, inabalável, incontível.
Sua bela figura, suave como um anjo, não me sai do pensamento, todas as horas, todos os instantes, no trabalho de casa, no estudo; e, quando consigo dormir, depois de muito pensar em quanto lhe quero, visito-a em sonhos. Sou feliz ao meu modo, assim, até certo ponto. Mas só o seria de fato pela confirmação do afeto que me inspira, ao saber que me corresponde neste amor, muito mais imenso que o posso descrever.
Pronto, Laíne, não há mais segredo de minha parte. Já sabe que tem em mim um admirador, um servo de seus encantos, irresistivelmente, irremediavelmente perdido de alegria.
Queira Deus, meus sonhos não se desfaçam, a desilusão amarga não me torne triste e desesperado. Fui leal e sincero: amo-a e quero ser correspondido. Não me deixe sofrer nesta angústia da dúvida cruel que me sufoca, que me traz o ser contrito amargurado. Responda-me, por favor, e diga-me que também sou amado, amado pela dama de meus pensamentos, pela moça de meu coração e eleita de meus afetos.
Pare de afirmar para si mesma que não sente vontade de ter um homem ao seu lado, não viva em função do passado, o perigo já passou, a sua vida começa agora, eu não admito perder para as más lembranças o seu coração. Permita que Deus aqueça seu peito com brasas vivas de felicidade, agora é a sua oportunidade de ter a família que você sempre quis. O amanhã começa hoje, vamos construir juntos o nosso futuro com Deus. Abra seu coração e perceba que lhe completo como você me completa, você merece ser feliz, será que não entendeu ainda? Sou o seu homem. Nunca foi plano de Deus que vivêssemos sós. Você não vai ser mais pecadora por ter um namorado, seja corajosa e me assuma como seu namorado, se todos os homens são iguais, por que as mulheres escolhem tanto? Não existe uma pessoa solteira que seja plenamente feliz, se pensar bem, verá que tenho razão: o cristão sofre porque não aceita a vontade de Deus, ora pedindo cura e morre, pede um emprego e só ganha promessa, pede paciência e sempre tem alguém perturbando, pede paz e aumentam as brigas. O ser humano não entende, mas Deus sempre responde. O que parece um erro de Deus, na verdade são seus métodos para que desenvolvamos o que pedimos.
Agora pense! Justo na época em que você se julga bem solteira e sem nenhuma necessidade aparente, Petrusko aparece... agora conviva comigo, vou pegar na sua mão, lhe beijar, porque íntima união e apego afetivo deve existir nesta relação.
Amo-a, é tudo. Quero, porém, ser amado por sua encantadora pessoa, e aqui está a grande dúvida. Duas linhas suas, um olhar, um aviso, qualquer coisa, me diria o que pensa de meu afeto, e do que julga de mim. Seja caridosa e compassiva, faça de mim o mais feliz dos mortais.

De seu namorado
Petrusko Pedreira.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estou com saudades de alguma coisa que nunca experimentei e, por isso, nem sei o que é ao certo. Você já sentiu isso?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A dor, esse dom que nada anela

Sempre considerei que a dor é um inimigo, até que li o livro do cirurgião Brand: "A dor, esse dom que nada anela." (El Universitário, pag.31)
Ele se refere ao caso de Tanya, uma menina encaminhada a seu consultório, com uma bandagem sobre o tornozelo torcido. O médico moveu o tornozelo com liberdade em uma e outra direção. Chegou a fazer movimentos extremos, mas Tanyz não os notava. Retirou então a bandagem, e descobriu que estava infectada com feridas em ambos os pés. Novamente examinou o pé, pressionou suas feridas até chegar ao osso. O doutor queria ver se havia alguma reação em Tanya, mas ela se mostrava bem entediada.
Sua mãe, então, contou ao doutor alguns dos episódios de Tanya quando tinha dois anos: "Poucos minutos depois, fui ao quarto de Tanya e a encontrei sentada no chão. Desenhava círculos vermelhos com seus dedos sobre um plástico. Na hora não me dei conta, mas quando me aproximei, gritei espantada. Era algo horrível. Tanya havia machucado a ponta de seu dedo e estava sangrando, e era essa a tinta que estava utilizando para fazer seus desenhos. Gritei horrorizada: 'Tanya, o que está fazendo?' Ela me sorriu e ali compreendi tudo ao ver o sangue manchando seus dentinhos. Ela mesma havia mordido o dedo e estava brincando com seu sangue."
Durante vários meses os pais de Tanya se certificaram de que ela não morderia mais os dedos. Mas ela os foi mordendo todos, um a um. O pai chegou a chamá-la de "o Monstro". O Dr. Brand escreveu: "Tanya não é um monstro, mas um exemplo extremo, uma metáfora humana do que pode ser a vida sem dor". Este cirurgião chega a conclusão de que "a vida sem dor nos pode produzir um dano enorme."
"A dor nos indica que estamos enfermos e que necessitamos de ser curados. Se não há cura, nossa enfermidade de pecado pode acabar conosco." Parece que assim é como Deus vê a dor. A aflição chama constantemente nossa atenção de que estamos em uma condição terminal. Mas há uma cura disponível para os que padecem e anelam viver sem pecado, sem dor: JESUS.

(desconheço o autor)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Diário de Anne Frank. Recomendo.

Li este livro faz poucas semanas. É só um diário dos tempos da Guerra. E a dona do diário era judia. Ela estava escondida dos alemães com sua família e alguns amigos. Ficou escondida por dois anos. Mas foi encontrada, levada para um campo de concentração – onde passou cerca de sete meses - e, quando faltava apenas duas semanas para a guerra acabar e os judeus serem libertos, ela morreu. Isso tudo faz do diário dela um importante documento sobre a guerra e um livro que vale a pena ser lido.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

É só um diário.

Alguém poderia se perguntar: “Por que um blog?”
Eu me fiz essa pergunta. E descobri que é só um diário online. Não é normal você deixar o seu diário ao alcance de todos em cima do centrinho da sala de visitas de sua casa, ou como se fosse uma revista na sala de espera de um consultório médico. Assim, não é tão necessário que alguém leia os seus posts. O blog é como o caderno, simplesmente. Só que moderno.
Às vezes escrevo com a vontade de que alguém se interesse, assim como nos meus cadernos em casa. Mas, depois de pensar sobre o assunto, sinto-me bem pelo simples fato de poder registrar.
Escrever, pra mim, é como terapia. Alivia.