quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ele chocou a psicologia...

“Ele [Jesus] sabia como e quando iria morrer, mas administrava seus pensamentos com incrível sabedoria. Não sofria por antecipação, nem gravitava em torno dos seus problemas. Sabia abrir as janelas da sua mente em situações em que era quase impossível raciocinar, como quando foi ferido em seu julgamento e mutilado na cruz. Fez da capacidade de pensar uma arte. Tinha plena consciência de que, se não cuidasse da qualidade dos seus pensamentos, não sobreviveria.”*

* Augusto Cury

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pense nisso!

"Perdoar não significa estimular novas atitudes equivocadas. É possível que alguém pense em determinadas orientações do Evangelho, tais como 'Ofereça a outra face' e 'Perdoe setenta vezes sete', considerando que Jesus recomendasse ficar passivo diante das situações. As idéias foram explanadas em metáforas; não podem, portanto, ser tomadas ao pé da letra. O pensamento sugerido é o de lidar de forma diferente com a situação, ou seja: se alguém o agride, ofereça a outra face, a do perdão; se alguém é violento, ofereça a face da paz; se alguém foi desonesto com você, seja ético e verdadeiro com ele. Porém, se alguém o ataca, procure defender-se ou esquivar-se do golpe. Dizer 'Venha e bata deste outro lado também' parece-me insanidade. Além de tudo, contribuirá para a permanência do outro no erro."*

*Kau Mascarenhas

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


"O que fazemos conosco agora é o mais importante para o amanhã. Se não fizermos nada para mudar a nossa atitude e o nosso modo de atuar, o amanhã parecerá ontem, exceto pela data."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Não há crescimento se não houver mudança

Já ouvi de alguém que desisto de tudo que começo. Sabe, respeito a opinião das pessoas. Mas poucas sabem diferenciar o ser desistente e o ser flexível. Sou adepta da máxima de Sócrates: “eu só sei que nada sei”. Sabe por que ele foi considerado um grande sábio? Por sua capacidade de compreender que quanto mais aprendesse, menos sabia, e quanto menos sabia mais estava apto a aprender. Acho espetacular a verdade que: só continua a crescer aquele que reconhece sua condição de “ser inacabado”. Se, ao contrário, dissesse: “eu sei de tudo”, teria um senso de completude que o limitaria de continuar a aprender. Um pensador, certa vez, escreveu que a inteligência é a capacidade de se surpreender com o que é banal. Essa frase me encantou. Aquele que pensa saber de tudo acaba achando tudo banal. Toda nova descoberta já lhe é familiar. Nada mais lhe instiga a alma com o gosto da curiosidade. Esse é o arrogante. Aquele, porém, que, como Sócrates, tem consciência de seus limites e se faz aprendiz em tempo integral, percebe que a sabedoria é sempre progressiva e ilimitada, incabível nos domínios do homem.
E o alvo da sabedoria é a mudança. Ser flexível é fundamental para quem deseja aprender. A vida é um constante processo/movimento de aprendizagem e mudança. Parafraseando Descartes, eu diria: Vivo, logo mudo. Ser estático, principalmente das idéias e comportamentos, lembra ser morto. Ser dinâmico, ao contrário, lembra movimento, vida. Ser flexível é corresponder positivamente à vida.
No entanto, vale ressaltar que ser flexível não é e nunca vai ser uma justificativa para ser irresponsável com seus compromissos. Talvez por isso toda essa prudência [de minha parte] no tocante aos compromissos pressupostamente eternos.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010



É assim que eu me sinto quando leio algo bom. Imagine quando leio a Bíblia.
EXPERIMENTE!

domingo, 12 de setembro de 2010

Um caso para se pensar...

Se o seu esposo tivesse uma amante, como você reagiria? Pior... E se você estivesse grávida? Pior ainda... E se ele não escondesse isso de você? E se dormisse quase todas as noites com ela e te deixasse sozinha com um filho recém-nascido? E se chegasse bêbado em casa das noitadas na companhia dela? E se você a detestasse? Como você o trataria?
Conheci uma mulher que todas as vezes que estava em contato com ele o amava, tratava-o como a um príncipe. Essas foram palavras dele. Ele disse: “Sentia-me como um príncipe ao lado dela”. Se chegasse bêbado, ela cuidava dele. Tirava, com carinho, a sua roupa e o banhava com cuidado. Colocava-o pra dormir confortável e de manhã, ao acordar, o amava como a um príncipe. Se chegasse são, não tocava no assunto de traição ou coisa assim. Segundo ele: era como se não estivesse acontecendo nada e ele fosse um príncipe mesmo.
Sabe o que aconteceu? Ele foi tratado como príncipe por tanto tempo que se tornou um. Pergunte a ela? Fiel... Dedicado... Amante... Enamorado... Cuidadoso... Atencioso... Inteiro... E até... Abnegado. (Pra Deus, só o amor abnegado pode ser verdadeiro).
Só uma coisa eu não entendo, mas me esforço porque sei que, de alguma forma, é amor também. Ela diz que ele fez muito por ela. Proveniente de uma família humilde e até ignorante, ele a tornou mais sabida. “Aborrecia-se facilmente com as faltas dos outros” e ele a tem tornado mais tolerante e flexível. E nada é dito quanto ao que ela fez por ele. Para mim, isso, no mínimo, é discrepante. Não seria o caso de ela ter-lhe suprido a maior necessidade humana? A necessidade de ser amado incondicionalmente? Nenhuma outra mulher o amou assim. Na verdade, ela é o bem.
Ele me incitou a escrever um livro sobre ele. Se eu o fizesse e ela não existisse em sua vida, seria um livro de vitórias supérfluas; mas, somente por causa dela e do amor que lhe dedica, seria um livro sobre alguém importante. Talvez com o seguinte título: O sapo, sapo, sapo, sapo, sapo, sapo, muito sapo, todo sapo, um nojo de sapo... Que virou um príncipe... Um milagre!
E digo mais a essa Mulher: se você morresse hoje já teria deixado um legado dos mais importantes, o legado do saber-amar, porque amor verdadeiro só pode existir se for por alguém que definitivamente não mereça. E você o fez.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Egoísmo é coisa boa?

“Imagine que você está viajando de avião e, de repente, um comissário de bordo anuncia que acabou de ocorrer uma despressurização na aeronave e que os passageiros devem colocar a máscara de oxigênio que cai à sua frente. Ao seu lado, está sentado um jovem com os dois braços engessados. Mesmo percebendo seu desespero, você coloca primeiro sua máscara e só então o ajuda. Com esse gesto você pode ser considerado egoísta, uma vez que primeiro pensou em si mesmo e depois no outro? É claro que não, você foi previdente e correto. Seguiu o procedimento padrão, orientado pelos próprios tripulantes antes de o voo começar. Primeiro ajude-se, pois, se tentar ajudar o outro antes, poderá sentir-se mal e comprometer a segurança de ambos. Essa pequena norma de segurança aérea é uma espécie de metáfora da vida. Cuidar de si mesmo antes de cuidar do outro tem um quê de altruísmo. Ao cuidar de nós mesmos, tiramos do outro essa responsabilidade e, ainda por cima, ficamos bem para ajudar quem precise. Mas, se após ajustar sua máscara sobre o nariz e a boca e recuperar a respiração normal, você não se interessar em auxiliar seu vizinho de viagem, não será apenas um egoísta, mas um omisso.”1
Pensar primeiro em si mesmo não é a mesma coisa de pensar só em si mesmo. Não confunda. No primeiro caso, o egoísmo é coisa boa.
Ajude-se primeiro a si mesmo para poder melhor ajudar o outro. Isso não te lembra nada? Ame ao próximo COMO A TI MESMO. Primeiro, ame-se a si mesmo e depois imite esse amor com o próximo.
Uma escritora norte-americana muito renomada e inspirada por Deus escreveu o seguinte:
“Nosso primeiro dever para com Deus e nossos semelhantes é o do desenvolvimento próprio. Cada faculdade com que o Criador nos dotou deve ser cultivada ao máximo grau da perfeição, a fim de podermos fazer a maior porção de bem de que formos capazes.”2

¹ Por Eugênio Mussak. Revista Vida Simples nº86, 01/12/2009.
² Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, pág. 15.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sua bondade te levará ao Céu?

Jesus, quando estava entre pessoas que confiavam em si mesmas, achando-se justas e desprezando os outros, proferiu a seguinte parábola:
“Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar. Um deles era fariseu e o outro, publicano. O fariseu de pé, disse de si para si mesmo: Ó Deus, graças te dou porque eu não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem mesmo como este publicano, jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano não ousou sequer se aproximar, de longe e de cabeça baixa, disse: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador.”
Imagine esses dois homens chegando ao Céu. Deus os detém e pergunta a um de cada vez: “Por que eu te receberia no meu Céu?” O fariseu responde: “Porque eu sou muito bom, sou diferente de todos os outros, sou melhor que eles, eu jejuo duas vezes por semana, dou o dízimo de tudo quanto ganho, eu freqüento a todos os cultos, sou pontual, visto minhas melhores roupas, sou vegetariano, não assisto televisão, não ouço música mundana, só leio livros cristãos, dou esmolas, ajudo os órfãos e as viúvas e nunca vi ninguém melhor do que eu.” O publicano responde: “Não tenho nada de bom em mim, preciso de Sua misericórdia.”
A parábola termina da seguinte maneira: “Este [o publicano] e não aquele [o fariseu] desceu justificado [considerado justo por Deus] para a sua casa.”
Se eu fosse parafrasear essa parábola, acho que ficaria da seguinte maneira:
Dois homens subiram ao Céu com o propósito de entrar. Um deles era crente, o outro, mundano. O crente disse a Deus: vou entrar no céu porque eu sou muito bom. O mundano disse: tem misericórdia de mim, sou muito ruim. O crente que exaltava a si mesmo foi humilhado. O mundano que a si mesmo se humilhava foi exaltado.
Sua bondade não tem força em si mesma para te fazer entrar no Céu. Só a consciência da nossa extrema necessidade de Deus pode nos levar eternamente para Ele.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Quero te abraçar no Céu - I

Uma noite, quando eu era bem pequenina, estava muito angustiada e não conseguia dormir. Chorava silencioso pra não incomodar ninguém. Minha irmã mais velha percebeu de alguma forma e perguntou o que eu tinha. Disse-lhe sobre a minha angústia. É que eu imaginava o Céu como uma casinha brilhante suspensa no ar e uma enorme fila. Nela pegávamos a nossa roupa completa de pássaro para vivermos a eternidade voando pelo firmamento. Só que tinha um problema: Se nós ficávamos para sempre fantasiados de pássaros, como eu reconheceria a minha mãe? Eu não a veria mais? E foi essa, com algumas variações, a pergunta que eu fiz à minha irmã naquela noite. Ela disse com muita simplicidade e tato (e só tinha um ano a mais que eu): “Mas, fique tranqüila, podemos tirar a máscara sempre que quisermos”. E a angústia se foi e eu dormi tranquilamente... Essa é uma história sobre minha irmã e eu, mas acima de tudo sobre a minha velha vontade de te abraçar no Céu, mãe.