quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Não há crescimento se não houver mudança

Já ouvi de alguém que desisto de tudo que começo. Sabe, respeito a opinião das pessoas. Mas poucas sabem diferenciar o ser desistente e o ser flexível. Sou adepta da máxima de Sócrates: “eu só sei que nada sei”. Sabe por que ele foi considerado um grande sábio? Por sua capacidade de compreender que quanto mais aprendesse, menos sabia, e quanto menos sabia mais estava apto a aprender. Acho espetacular a verdade que: só continua a crescer aquele que reconhece sua condição de “ser inacabado”. Se, ao contrário, dissesse: “eu sei de tudo”, teria um senso de completude que o limitaria de continuar a aprender. Um pensador, certa vez, escreveu que a inteligência é a capacidade de se surpreender com o que é banal. Essa frase me encantou. Aquele que pensa saber de tudo acaba achando tudo banal. Toda nova descoberta já lhe é familiar. Nada mais lhe instiga a alma com o gosto da curiosidade. Esse é o arrogante. Aquele, porém, que, como Sócrates, tem consciência de seus limites e se faz aprendiz em tempo integral, percebe que a sabedoria é sempre progressiva e ilimitada, incabível nos domínios do homem.
E o alvo da sabedoria é a mudança. Ser flexível é fundamental para quem deseja aprender. A vida é um constante processo/movimento de aprendizagem e mudança. Parafraseando Descartes, eu diria: Vivo, logo mudo. Ser estático, principalmente das idéias e comportamentos, lembra ser morto. Ser dinâmico, ao contrário, lembra movimento, vida. Ser flexível é corresponder positivamente à vida.
No entanto, vale ressaltar que ser flexível não é e nunca vai ser uma justificativa para ser irresponsável com seus compromissos. Talvez por isso toda essa prudência [de minha parte] no tocante aos compromissos pressupostamente eternos.

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