sexta-feira, 29 de outubro de 2010

É por causa das contrações...

Tive dias conturbados, mas não necessariamente ruins. Pelo contrário, cansativos, mas ótimos dias. Só que por causa da correria não consigo escrever com facilidade sobre as ideias em minha mente. Por outro lado, se as experiências não tivessem sido tão intensas, talvez eu nem tivesse sobre o que escrever. Paradoxo.
Aline teve Akin. Minha irmã e meu sobrinho. Muitas coisas me chamaram atenção durante todo o processo, mas escolhi especialmente uma para constar aqui e compartilhar com vocês.
No dia 26 de outubro pela manhã, quando sentia dores fortes, Aline se deslocou até à Maternidade, onde permaneceu até hoje, dia 29. Akin nasceu no dia 26 mesmo, às 23:15. Durante todo o dia ela sentiu dores terríveis - as chamadas contrações. Todos - familiares e amigos - estavam aflitos. Minha tia Andréa, que mora a 12 horas de Salvador e é enfermeira, ligou e me orientou sobre como Aline deveria reagir às contrações. Ela disse: "Diga a ela que quanto mais forte a dor, melhor. O aumento da dor é sinal de que tudo está indo bem." Paradoxo.
Ela continuou: "Diga a ela que toda vez que vier a dor, ela precisa cooperar, fazendo força, muita força."
Não era para ser assim. Não era preciso sentir dor para dar à luz um filho. A dor é fruto do pecado. A geração de um filho é ideal divino, mas a dor não. Deus também tem um ideal para a humanidade: que viva sobre o Reino magnífico de Jesus. Para isso, não era necessário haver dor. Mas a dor veio como consequência do pecado. O mundo sofre hoje contrações, das piores (hein, Ninha?). Jesus está para voltar. E o que eu digo? "Quanto mais forte a dor, melhor. O aumento da dor é sinal de que está tudo indo bem... Toda vez que vier a dor, ela (a humanidade: eu e você) precisa cooperar, fazendo força, muita força." É por isso que estou viajando...

Um comentário: